Hallsttat

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Bem vindo! Welcome! Bien Venido! Ça va bien!

Mapa na mão, mochila nas costas, máquinas a postos! Viajar é um dos bons prazeres da vida. Descobrir lugares, gente, culturas. Pode ser um feriado no Capão, um final de semana em PF ou aquelas férias tão sonhadas para a Europa. O que vale é deixar para trás a rotina e por alguns dias mergulhar em experiências que guardaremos para sempre.

Eu simplesmente AMO VIAJAR! Meus amigos pegam no meu pé porque sou daquelas que planejo cada detalhe, que pesquiso, estudo roteiros, e começo a viajar muito antes da data de partida. E como não podia deixar de ser, registro todos os momentos para lembrar e relembrar com os companheiros de estrada e também para compartilhar com aqueles que não estavam lá.

E foi por isso que eu resolvi criar esse blog. Para reviver bons momentos, deixar o pensamento viajar cada vez que passar por aqui e quem sabe me inspirar para as próximas aventuras.

Bon voyage!

domingo, 8 de dezembro de 2013

C'est Paris tout entier

Estive aqui pela primeira vez há mais de 15 anos. Tinha na época vinte e pouco anos e como marinheira de primeiras viagens, tudo me encantava. Me apaixonei por Paris. Achei mágico me perder por suas ruas, caminhar sem pressa na beira do Sena, garimpar cartões postais nas barraquinhas dos bouquenistes, entre outras experiências que só a capital da França pode proporcionar. Fui embora com gosto de quero mais e a promessa de voltar em breve... Acabei priorizando outros destinos nas viagens que se seguiram e a volta à cidade luz foi sendo adiada ao longo dos anos. Até que dessa vez, a decisão foi taxativa - poderíamos escolher qualquer lugar da Europa para nossas férias, mas Paris teria que fazer parte do roteiro. E assim, 15 anos depois, a ansiedade era ainda maior por ser a primeira vez de Zeca ao destino mais sonhado de sua vida. Queríamos muito que fosse uma viagem completa, uma experiência maravilhosa para nós dois.

E assim, cheios de expectativa, desembarcamos em Paris, depois de 10 dias maravilhosos na Áustria. É claro que a cidade mudou. E também é quase injusto chegar aqui após duas semanas no mundo quase perfeito dos austríacos, onde tudo funciona com a precisão de um relógio suíço, e a civilidade dos povos nórdicos nos dá uma sensação de conforto e segurança que nós brasileiros não estamos lá muito acostumados...

E então, o choque! Gente do mundo inteiro, metrôs lotados e com tantas escadas que nos fazem pensar que não dá para ficar fora de forma morando por aqui. Ciclistas que não respeitam sinais, muito menos faixas de pedestres. Pedintes acompanhados por seus cachorros de estimação com olhar tão triste que nos cortam o coração (podem ser gatos). Mas, oui! Com todo esse cenário meio caótico típico dos povos latinos, a alma dessa cidade permanece mágica. O cheiro de pão na porta das boulangeries, as lojinhas de gostosuras com suas vitrines tão perfeitas de enlouquecer qualquer amante da gastronomia, com uma incrível variedade de queijos, croissants, vinhos, especiarias, tarteletes, macarrons, chocolates, mostardas, ui!!! Haja escada de metrô para dar conta de tantas calorias. Andar por Paris é como estar em um filme: cada esquina te surpreende com monumentos, prédios e pontes fascinantes e cheias de história. É tanta beleza que você não saberia dizer o que gostou mais, qual o arrondissement mais interessante, qual a rua mais encantadora, qual o ponto turístico que não dá para perder de jeito nenhum. São muitas opções, e conhecer tudo exige tempo, planejamento e escolhas nem sempre fáceis. Mas conforme-se: definitivamente você não vai conseguir ver tudo que gostaria em uma única viagem. Mas esse é o melhor lado de Paris. Essa não é uma cidade para "ticar" na sua lista de lugares para conhecer antes de morrer. É um lugar para experimentar sensações e vivenciar momentos inesquecíveis que nunca serão os mesmos a cada vinda. E foi assim que mais uma vez deixei Paris. Com gostinho de quero mais e a certeza de que voltarei em breve e que por favor, não seja daqui há mais 15 anos.

O que vivemos por aqui

Passeios e pontos turísticos:

Organizamos nossa visita a Paris dividindo os pontos turísticos por região. É muita coisa "imperdível" para visitar e cada região exige pelo menos um dia para que não vire programa "Tia Augusta". Assim, você pode combinar a visita a um ponto turístico importante que provavelmente vai ocupar de 2 a 4 horas a depender do seu grau de interesse (e muitas vezes da fila para entrar), com o melhor programinha de Paris, que é andar e se perder por aí, sentando de vez em quando para comer alguma delícia, tirar fotos, comprar coisinhas ou simplesmente observar o jeito parisiense de ser. Algumas dicas que ajudam a ganhar tempo:

- compre o Paris Visite, o ticket que dá acesso livre ao metrô. Não é barato - pagamos 57 euros por 5 dias - mas vale a pena no final das contas, porque se anda tanto, que o metrô ajuda a economizar os pés nos deslocamentos maiores.
- outra dica legal é comprar ingressos dos pontos concorridos pela internet, evitando as longas filas de lugares como Torre Eiffel, Louvre, Versailles, etc
- se preferir, também pode comprar os ingressos na FNAC - tem uma na Champs Elysées. Na bilheteria no fundo da loja você acha ingressos para quase tudo.
- fuja da pegadinha de aproveitar o primeiro domingo do mês para entrar de graça nos museus, a menos que esteja disposto a encarar uma fila quilométrica que vai te roubar várias horas do dia e seu humor, provavelmente...

Dito isso, vamos aos destaques dos principais pontos do nosso roteiro em Paris:

Torre Eiffel: compramos os tickets pela internet com algumas semanas de antecedência (Tour Eiffel - tickets). A desvantagem é que você precisa decidir o dia e o horário da visita na hora da compra, mas de fato evita-se muuuuuuita fila.



Optamos pelo horário das 17h, o que foi perfeito - chegamos de dia e vimos a cidade acender-se lá de cima - algo para não esquecer jamais.




Não deixe de ir até o terceiro andar, tem uma filinha chata para pegar o segundo elevador, mesmo com ingresso marcado, mas o visual vale cada minuto.


E quando descemos, olha que surpresa incrível, a torre iluminada!



Ao lado do carrossel, encontramos essa bike hiper maneira!


Louvre: mesmo já tendo ia a dezenas de museus, o Louvre é inigualável. Se não pelo acervo impressionante, mas também pela arquitetura. O lugar é incrível.


Não preciso dizer que é gigante, portanto, é bom planejar com antecedência o que deseja ver e garantir um mapa e um audio guide. Tem um aplicativo para tablet e smartphone, mas não funcionou muito bem. Melhor pegar um aparelhinho de Nitendo que eles fornecem na entrada (ao lado da catraca).

Além das pinturas renascentistas (que incluem a Monalisa) recomendo o acervo de esculturas e objetos gregos e egípcios que te levam a milhares de anos de história - eu amo!

Essa é Psiquê, uma bela mortal por quem Eros, o deus do amor se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria e os ciúmes de Afrodite,  deusa da beleza e do amor, e mãe de Eros.



A Venus de Milo é uma das "must see" do Louvre. A história de sua descoberta em 1820 na ilha de Milo, então parte do Império Otomano, e a misteriosa forma como perdeu os braços, foram narradas pelas fontes primitivas em versões contraditórias que nunca puderam ser de todo esclarecidas.


Uma ala super interessante é a chamada "Louvre Medieval", que te leva até as fundações e à parte do fosso em torno do castelo fortificado primitivo, que era o Palais du Louvre.


A grande esfinge é fascinante, assim como todo o acervo temático do Egito antigo, com objetos, móveis, sarcófagos e um tesouro incrível.





Jardin de Touleries: na Rive Droite, saindo do Louvre, não deixe de visitar o Jardin des Tuileries, que fica entre o Carroussel e a Place de La Concorde. O lugar é lindo, uma delícia para passear e relaxar. Entre as muitas obras e esculturas espalhadas pelo jardim, preste atenção na ponte do artista chinês Shen Yuan, feita de cerâmica azul e branca. Achei um escândalo de bonita!


Se estiver um lindo dia de sol, faça como os nós (e os parisienses) e sente-se em uma das cadeiras que circundam a fonte e estique as pernas para curtir o calorzinho, ver os pássaros e deixar a vida passar.







Champs Élysées e o Arco do Triunfo: considerada a avenida mais charmosa do mundo, sim ela é. Um deslumbre caminhar pelas amplas calçadas arborizadas, recheadas de cafés, lojas de grife e gente do mundo inteiro andando de um lado para o outro.


E o mais incrível: olhe para a frente e veja o Arco do Triunfo.


Olhe para trás e aviste a Place de La Concorde.



No caminho, observe o Grand Palais, é um escândalo de bonito.


Se tiver bala na agulha, aproveite o fato de estar entre grifes e mais grifes. Aos meninos, recomendo uma visitinha às lojas conceito das grandes marcas de carros, como Peugeot, Toyota e Mercedez.


Para as meninas, recomendo uma passadinha na Sephora para maquiagens e perfumes - deixem os maridos olhando os brinquedinhos motorizados e sejam felizes  entre batons, esmaltes e sombras de todas as cores do arco-íris.


Escolha um dos elegantes café para repor as energias da caminhada. Comemos esse delicioso crepe de queijo ementhal e cogumelos no George V.


A Champs Élysées termina no Arco do Triunfo. Para visitar o famoso monumento, atravesse o túnel que passa por baixo da pista que contorna o arco. Você pode subir para avistar o visual da avenida lá do alto.




Para tirar essa foto, tivemos que ficar no meio da rua!!!



Notre Dame: entrar nessa, que é uma das Igrejas mais famosas e antigas do mundo, é espetacular e imperdível.A Notre Dame fica na Île de la Cité, ponto central de Paris.



Se estiver hospedado no lado esquerdo do Sena (no Quartir Latin ou em Saint Germain, por exemplo), você pode chegar aqui caminhando pela Pont ao Double, que é exclusiva para pedestres.


Nossa visita coincidiu com as comemorações dos 850 anos da Notre Dame, e várias missas celebrativas estavam sendo realizadas na ocasião.


A Catedral é linda por fora...

... e por dentro.


Sainte Chapelle: para mim essa é uma joia de Paris. Toda de vitral, ver o sol entrar pelas janelas coloridas é um sonho. Pena que os vitrais estão em uma reforma que vai durar ao todo 5 anos, com término previsto para 2014. Um dos programas mais especiais para se fazer em Paris é assistir a um dos concertos de cordas, que acontecem diariamente às 19h e às 20h30. Se estiver no verão, escolha o primeiro horário e aproveite a luz do final de dia entrando pelos vitrais coloridos para compor um cenário inesquecível.


Sacre Coeur: outro programa imperdível de Paris é sentar nas escadarias da Sacre Coeur e admirar a cidade do alto de Montmartre. Aproveite o ticket do Paris Visite e suba pelo funicular, assim você economiza 15 minutos de step até lá em cima...


O visual lá de cima é um dos mais belos da cidade e a Sacre Coeur é linda de morrer.





Entre para conhecer o interior da Basílica.


Depois, vá bater perna nas ruas e escadarias de Montmartre, que são super charmosas.



Nós começamos pela Place de Tertre, onde ficam os pintores de rua, mas achamos tudo meio decadente e os quadros bem carinhos...


Nos arredores encontramos várias lojinhas boas para comprar bugingangas e algumas galerias bacanas.




Centre Pompedou: um tanto polêmico, por sua arquitetura modernosa, o Centre Pompedou é um rico centro cultural da cidade, com biblioteca, museu e teatros. Também é lá que fica o restô badaladinho Le Georges.






Ficamos impressionados com a performance desse artista de rua, que sozinho atraiu uma verdadeira multidão que aplaudia encantada seus malabarismos.



Ruas e regiões charmosas para passear, comer e comprar

Rue des Abesses: na região de Montmartre, desça umas escadinhas perto da Place de Tertre e vá parar na Rue des Abesses - o lugar é charmosérrimo, com vários lugarzinhos deliciosos para comer.



Aproveite e entre em uma Brasserie para degustar um prato belga bem comum na França chamado "Moules et Frites", traduzindo, marisco com fritas. Um manjar dos deuses!


Eu me fartei...


E tivemos uma tarde deliciosa!



Ali pertinho, na verdade uma travessa da Abesses, fica a Rue Lepic, onde encontramos algumas lojas gastronômicas bem legais.


Rue Saint Honoré: esse é um dos endereços mais chiques de Paris. Na região de Madeleine, a Saint Honoré concentra lojas das grifes mais famosas do mundo, como Chanel, Gucci, Dulce Gabana....Se você é dessas que adora uma grife, mesmo que seja só para admirar vitrines, não deixe de reservar umas horinhas para flanar por aqui.

Rive Gauche: a Rive Gauche é a margem esquerda do Sena. Você pode começar seu passeio passando pela Shakespeare & Company (37 Rue de la Bucherie), a boêmia livraria fundada em 1919, que já foi cenário de filmes como "Meia Noite em Paris" e "Antes do Por do Sol".





Depois, siga pelo passeio às margens do rio e conheça os equipamentos instalados pela prefeitura no verão de 2013 para a população curtir a vida ao ar livre, com jogos, mesas para piquenique e uma escadaria que serve como arquibancada para um palco que é montado dentro do rio na estação do calor.





É também na Rive Gauche  que encontram-se os bouquenistes, os tradicionais vendedores de livros e cartões postais antigos. Vale a pena conferir.


Esse passeio é uma delícia, principalmente se estiver um lindo dia de sol, como o nosso. Aproveite para admirar os barcos que ficam ancorados nas margens.




Atravesse a famosa (e linda) Pont des Arts (fica bem em frente ao acesso lateral do Louvre), que é exclusiva para pedestres, e tornou-se muito popular entre os turistas como a "ponte dos cadeados". Você grava seu nome e o da pessoa amada em um cadeado, prende-o nas laterais da ponte fazendo juras de amor e joga a chave no Sena. Pronto! Seu endless love está garantido! Se você esquecer de levar, fique tranquilo. Tem vários ambulantes vendendo cadeados a mais ou menos 5 euros. Quer dizer, talvez seja melhor você levar um do Brasil! rsss



Claro que não podíamos deixar de ter o nosso!



Île Saint-Louis: vizinha a Île de la Cité, onde está a Notre Dame, fica a Île Saint-Louis. Você chega por aqui caminhando. A partir da região da catedral, caminhe para a direita e atravesse a Pont Saint Louis que separa as duas ilhas. Você chegará na pequena, mas charmosa região, que é uma ótima opção de roteiro em direção ao Marais.



Na estreita Rue Saint Louis, você encontra inúmeras lojas super interessantes, meio alternativas. Me lembrou um pouco a Vila Madalena. Aproveite para tomar um sorvete Berthillon,  considerado o melhor sorvete de Paris, a venda na maioria dos cafés do local.


Place des Vosges: entre no Marais pela Place des Vosges, uma das mais lindas praças de Paris. Totalmente simétrica, com seus prédios absolutamente iguais de tijolinhos vermelhos, o lugar já foi reduto de gente famosa que morou por aqui, como Victor Hugo.




No centro, um lindo parque é um convite aos descanso.



E nas arcadas que circundam os prédios, dezenas de galerias, onde encontramos esculturas e quadros super originais - pena que um pouco salgados para nosso bolso, mas vale o passeio.


Não deixe de entrar no número 28 - o Hotel Pavillon de la Reine - um hotel spa para lá de charmoso, parece mais um refúgio.

Marais: o Marais está super na moda. O lugar é realmente um charme. Reduto de judeus, o bairro se tornou um dos points de turistas e locais. A gente amou tanto, que em uma próxima vinda a Paris, é aqui que queremos ficar hospedados. É nessa região que estão a Place des Vosges, o Museu Picasso (fechado para reforma) e muitas lojas descoladas.




Um dos pontos altos do passeio é o Marché des Enfants Rouges, o mercado mais antigo de Paris. Deixe para almoçar aqui - no lugar, você vai encontrar lugarzinhos cheios de charme para sentar, comer, beber e se sentir parisiense. Se gosta de ostras com champagne, aqui é o lugar.






Rue Moufettard: pegue o metrô e desça na Place Monge. Ali bem pertinho está a Rue Moufettard, uma das mais antigas de Paris. Um dos maiores atrativos locais são os inúmeros bistrôs, que oferecem ótimas opções para um bom jantar. Jantamos no simpático Au Petit Bistrô.


Boulevard Saint German: esse é um clássico parisiense. Aqui estão os famosos Café de Flore e o Les Deux Magots.

Aproveite para passear na charmosa Rue de Buci, que concentra uma enorme quantidade de bistrôs e bares legais. Jantamos no aconchegante bistrô Chalet Gregoire.



Rue Montmartre: essa rua foi dica da chef Karen Goldman (saiba mais sobre Karen abaixo no texto sobre nosso tour gourmand). Não confunda com o bairro de Montmartre. Essa rua, que fica na região de Les Halles, concentra um bom número de lojas de utensílios de cozinha. Um paraíso para quem gosta de cozinhar.



Versailles

A primeira vez que estive em Paris, por alguns contratempos não consegui visitar o Palácio de Versailles. Esse passeio, portanto, era uma das prioridades do nosso roteiro. Mas confesso que a visita foi um pouco frustrante. Explico porque. Não vale a pena ir a Versailles no outono avançado. O lugar entra em manutenção, o jardim não está bonito, já que não existem flores, as estátuas são cobertas para protegê-las do frio, então muito da beleza do lugar, que são os jardins, é totalmente comprometido por esse cenário. E para completar nosso passeio micado, o tempo não ajudou...


Entre 1682 e 1789, o Palácio de Versailles foi o centro do poder do Antigo Regime francês, comandado por Luís XIV. Considerado um dos maiores do mundo, Versailles possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. Também viveram aqui Luís XV e Luís XVI, casado com Maria Antonieta.


Os aposentos do Palácio são incríveis, mas confesso que depois de 10 dias na Áustria, onde conhecemos à exaustão o acervo dos Habsburgos, já estávamos um tanto cansados da opulência e ostentação da nobreza europeia... Mas não dá para não achar incrível os gigantescos quadros renascentistas, os afrescos dos tetos e a suntuosa Sala dos Espelhos, onde aconteciam os bailes da corte.




É interessante saber que o rei e a rainha não dormiam no mesmo quarto. Cada um tinha seus aposentos, que curiosamente eram simétricos. Você acredita que os súditos faziam fila para ver a cerimônia de despertar do rei??? Eu achei isso surreal!!!

Esse é o quarto que faz parte dos aposentos do rei...


...e esse é o quarto que faz parte dos aposentos da rainha.

 

Abaixo, a mesa onde rei, rainha e filhos faziam as refeições, que também eram assistidas pelos súditos. Nas cadeiras ao fundo, sentavam-se damas da corte, para admirar a família real se refastelando... Fala sério!


Fiquei também pensando em como eles se comunicavam, já que não havia telefone, interfone, celular, Facebook. Como eles se achavam para combinar o que queriam para o jantar naqueles corredores quilométricos que separavam os 700 aposentos do palácio?

Para repor as energias depois de percorrer o gigante museu, nos deliciamos com as tortinhas do Angelina, o famoso café que produz um dos melhores chocolates da França. Tem uma filial em Versailles. Vale a pena conferir. Olha que delícia!



Depois da visita à parte interna do palácio, fomos conhecer o Jardim de Versailles. Como já explicado acima, de fato um dia teremos que voltar para conhecer as flores e fontes do jardim. Nossa visita ficou pela metade.

Não tinha sol...
 

Estava um friozinho bem chato...
 

Sem flores...


 Fontes desligadas...

Tudo em manutenção (veja ao fundo os tapumes)...

Galpão de restauros...


 E homens trabalhando...






Estátuas cobertas (observe em cima dos pilares de mármore as manchas verdes do pano que cobre as obras)...
 

Água das fontes baixa, aparecendo as ferragens...




Bom, não se pode acertar sempre... Mas fiquei me perguntando se não é melhor fechar o lugar e reabrir depois do inverno. É bem frustrante para o turista que faz um esforço grande para chegar até aqui.

De qualquer forma, aqui vão algumas dicas se você pretende visitar Versailles:

1. Se for inverno ou final de outono, não vá.

2. A viagem de Paris até aqui é relativamente rápida, mais ou menos 30 minutos. Você vem e volta de RER (o trem de superfície) e se comprou o Paris Visite, o valor da passagem já está contemplado no seu ticket.

3. Compre seu ticket para o Palácio com antecedência pela internet ou então em uma loja da FNAC em Paris. Assim, você evita as longas filas para comprar ingressos.

4. A entrada para os jardins é gratuita. Você só paga para entrar no Palácio.

5. Os jardins são enormes. A pé, você levará cerca de 2 a 3 horas andando para percorrer tudo. O lugar oferece algumas alternativas, como trenzinhos e bicicletas, mas valem os seguintes alertas. O trem é uma ótima opção, porque ele vai parando em alguns pontos, e você embarcar e desembarcar a vontade, mas o ingresso tem que ser comprado lá em cima, antes de começar a descer pelos jardins. Descemos a pé e resolvemos pegar o trem para voltar e fomos surpreendidos com a informação de que não é possível pagar fora do ponto de partida, que fica ao lado do palácio. O ingresso custa 3.70 euros por pessoa. Se preferir, você pode alugar uma bicicleta para passear pelo parque, mas também não tivemos sorte, pois eles exigem um documento original com foto, e como costumamos andar somente com uma xerox do passaporte por segurança, não houve jeito de convencer o funcionário a nos liberar a bike. Definitivamente, não era nosso dia.

Nosso tour gourmand

Um dos pontos altos de nossa viagem foi o tour gourmand que fizemos com a chef paulistana, radicada em Paris, Karen Goldman. Descobri esse passeio no site Conexão Paris, aliás, o melhor lugar para obter dicas atualizadas de Paris. Trata-se de um tour de 3 horas de duração, que percorre 10 points gourmets da cidade, como lojas de mostarda, especiarias, geleias, macarrons, trufas, chocolates, vinhos, chás, bourlangeries, etc, todos localizados na região de Madeleine e Operá, em um percurso de aproximadamente 3km. Ao longo do passeio, Karen conta a história dos locais, muitos centenários, e vamos degustando as iguarias oferecidas em cada um. Ela também indica as boas opções de compra em cada local, caso você queira levar algumas amostras para casa e te dá um tempo para escolher.

Olha que lindas essas mostardas com sabores super diferentes...


Se você é apaixonado por mostarda, vai achar o máximo comprar esse lindo potinho preto que pode ser sempre reabastecido com o refil da sua mostarda preferida.


Nosso tour incluiu até caviar! Trés chiq!


A gerente da loja nos deu uma aula sobre essa iguaria, que chega a custar 460 euros a latinha...


Também tivemos uma aula sobre trufas, que custam a bagatela de 23 mil euros o quilo e só dão uma vez por ano - justamente no outono. A trufa na verdade é um fungo que dá no carvalho. Se você plantar uma árvore dessas e tiver a sorte de 20 anos depois descobrir que ela está "bichada", abra uma Veuve Clicquot, porque você está rico para o resto da vida!!! Não deu para comprar trufa, mas compramos um azeite trufado maravilhoso e um mel também com trufas. Delícia!


Magrets de pato e copas deliciosas encontramos nessa charcuterie.



Visitamos a maior loja de vinhos de Paris.


E eu que achava macarron uma modinha meio açucarada, tive que render ao delicado sabor do melhor macarron da França. E ainda demos a sorte de comer macarron de trufa, uma novidade oferecida nessa época do ano, estação das trufas.



Essa lojinha de chá é um charme! E o chá foi super bem-vindo depois da comilança da tarde.


Para finalizar, uma linda loja de especiarias, onde compramos pimentas e temperos especiais.


O chef adorou os potes de bastões de baunilha do mundo inteiro. Compramos uma de Madagascar.


E assim nos despedimos de Karen, nossa simpática guia, com a certeza de esse foi um dos melhores programas da nossa viagem.


Amamos nosso passeio, que na verdade foi meu presente de aniversário para Zeca. E aproveitamos para encher as malas com coisinhas deliciosas para matar a saudade de Paris ao voltar para casa. Combinamos com Karen de não revelar seu roteiro secreto, mas se pelas fotos você ficar com água na boca e louco para fazer esse programinha na próxima ida a Paris, e só clicar aqui para conhecer melhor o roteiro e garantir sua reserva - tour gourmand por Karen Goldman.

Se você curte gastronomia, também sugiro ler os posts publicados por Zeca no blog Cozinha com Z, onde ele dá várias dicas legais sobre nossas aventuras gastronômicas na Áustria e em Paris.

10 programas incríveis para fazer em Paris

1 - Comprar pães, queijos e um bom vinho nacional e fazer um piquenique em um parque, na beira do Sena ou até mesmo no quarto do hotel



2 - Tomar o petit dejeneur numa boulangerie. Recomendo a Eric Kayser



3 - Assistir a um concerto de cordas na Sainte Chapelle


4 - Sentar em um café para contemplar o savoir de vivre do Parisiense






5 - Esquecer o regime e se entregar sem culpa às tentações da cozinha francesa





6 - Fazer um tour gourmand com Karen Goldman e descobrir os segredos das melhores delícias de Paris






7 - Colocar um cadeado na Pont des Arts e jogar a chave no Sena, enquanto jura amor eterno ao seu companheiro (a)



8 - Visitar a Torre Eiffel no final da tarde para ver a cidade se acender lá de cima


9 - Curtir as vitrines de Natal da Galeries Lafayette





10 - Escolher uma região bem charmosa e flanar sem destino por suas ruas