Hallsttat

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Bem vindo! Welcome! Bien Venido! Ça va bien!

Mapa na mão, mochila nas costas, máquinas a postos! Viajar é um dos bons prazeres da vida. Descobrir lugares, gente, culturas. Pode ser um feriado no Capão, um final de semana em PF ou aquelas férias tão sonhadas para a Europa. O que vale é deixar para trás a rotina e por alguns dias mergulhar em experiências que guardaremos para sempre.

Eu simplesmente AMO VIAJAR! Meus amigos pegam no meu pé porque sou daquelas que planejo cada detalhe, que pesquiso, estudo roteiros, e começo a viajar muito antes da data de partida. E como não podia deixar de ser, registro todos os momentos para lembrar e relembrar com os companheiros de estrada e também para compartilhar com aqueles que não estavam lá.

E foi por isso que eu resolvi criar esse blog. Para reviver bons momentos, deixar o pensamento viajar cada vez que passar por aqui e quem sabe me inspirar para as próximas aventuras.

Bon voyage!

domingo, 13 de março de 2011

E que venham os próximos 40!


Quando a gente faz 40 anos e entra para a famosa fase dos "enta", tem duas opções: para pra contar as rugas e as celulites, ou junta os amigos para relembrar os bons momentos vividos e fazer mil planos para as próximas décadas. Cá entre nós... fico com a 2a opção!

E assim, recém-chegada em terras paulistas, fiquei na dúvida da melhor forma de comemorar. Afinal, meus amigos queridos ficaram na Bahia, morro de saudade de todos, queria ter todo mundo aqui debaixo da minha asa para tomar todas e dar risada como sempre acontece quando nos encontramos. Mas eles me amam, e entenderam que eu, pisciana e festeira por natureza, tinha que fazer um auê seja lá onde fosse. E assim, comecei a fazer uma listinha da família e dos amigos paulistas-baianos e baianos-paulistas para um almocinho tímido, só para não passar em branco. E fui contando a lista: 5, 10, 15, 20... quando chegou em 25... Para tudo! Almocinho tímido??? Caramba, tem um monte de gente querida para comemorar aqui comigo! Chama o chef para botar dendê na moqueca, liga para o pessoal do samba, pega jaboticaba no pé para fazer roska... E lá vamo nós fazer a festa!

O resultado: casa florida e cheia de amigos, comida deliciosa, com direito a declaração pública do chef do meu coração, muito samba no pé, a criançada correndo pra lá e pra cá encantada com a Casa da Árvore, e uma surpresa mais que especial: um pai danado de arteiro, que aparece de repente de surpresa, com um lindo ramo de rosas vermelhas na mão. O resto deixo as imagens contarem... Aos que estavam longe, deixo uma pontinha de inveja e muita vontade de que estivessem todos aqui...


Enfim, Sampa

Depois de anos de ensaio, enfim, aqui estou eu. Mais uma baiana perdida na paulicéia desvairada. De mala e cuia, cheguei para ficar. No fundo acho que tudo tem seu tempo. São Paulo e seus mistérios que sempre me encantaram e me atraíram, em idas e vindas, agora fazem parte da minha rotina. E diga-se de passagem, o destino nos reservou boas-vindas dignas de parênteses, a Casa da Árvore. E é por aqui que vou começar:

A CASA DA ÁRVORE

Esse é o apelido que demos - eu e Zeca - a mais que charmosa casa que está nos abrigando nesse início de jornada paulistana. Um delicioso refúgio em plena Vila Mada, com um jardim encantador, cheio de periquitos e jaboticabas. Vamos esclarecer: a morada é fruto de um acordo muito generoso com amigos que estão em temporada de estudos fora do país e nos pediram para "tomar conta" da casinha deles enquanto estão por lá. Ai, que dura tarefa... rsss. Confiram vocês mesmos...


Devidamente (muito bem) instalados, começamos nossa rotina, premiados pelos famosos temporais de verão, recheados de raios e trovões. É... bem-vindos a São Paulo...



O QUE É QUE O PAULISTA TEM...

Após 2 meses de adaptação, março trouxe uma época especial. Meu aniversário de 40 anos chegando, trouxe minha mãe para uma reestreia em São Paulo - ela que tinha lembranças longíquas de uma cidade cinza e sem graça, acabou por descobrir uma Sampa cheia de árvores, vida e encantos. Nesses dias, voltamos a brincar de turistas, visitando os recantos que tanto agradam os baianos e outros forasteiros que passam por aqui. Sanduíche de mortadela no Mercadão, comprinhas na Zé Paulino (claro!!!), passeio no Ibirapuera, Museu da Língua Portuguesa, domingo na Liberdade.


Ah!!! E uma passagem muito especial: o carnaval de Vila Madalena. Esse merece outro aparte. Resolvemos dar umas férias para o Axé e a turma do trio elétrico, e decidimos passar um carnaval a moda paulista. Depois de alguns dias perambulando pela cidade abandonada por seus moradores, bons baianos que somos, não resistimos à saudade da folia e resolvemos conhecer o famoso carnaval da Vila Madalena. Nos empiriquitamos, tomamos 2 doses de whisky, pegamos o carro e fomos para a praça Benedito Calixto, onde vários sites afirmavam categóricos que iríamos encontrar uma tradicional bandinha de carnaval, que animadíssima puxavam os foliões pelas ruas da Vila. Fala sério!!!! O que encontramos foi uma bandinha desenxabida, cujos integrantes já tomados de goró entoavam canticos da época de nossos avós: "tauba de tiro ao álvaro, não tem mais onde furar...".

Duas dúzias de "animados" foliões sambavam com dedos em riste e cerveja na mão, andando atrás da fadada atração, que percorreu - acredite - meia rua lateral da praça. Duas músicas foram suficientes para darmo-nos por satisfeitos - ok, já conhecemos o carnaval paulistano. Mas para quem quer folia de verdade, melhor ficar com a turma do axé.


Para compensar, fomos resgatar o legítimo samba de raiz para animar o almoço de comemoração do meu aniversário. Afinal, não é todo dia que se faz 40 aninhos... Mas essa história é o tema do próximo post!